CAPITULO VII - AVINHÃO E WALLALA
Os “Muitos Céus”, citados por Jesus como “as muitas moradas da casa do meu Pai”, existem espalhados pelos Universos que Deus criou e, sendo-vos lar o planeta Terra, constitui este também uma das Suas moradas.
Circundando o planeta Terra existem, invisíveis aos seus habitantes, inúmeras cidades espirituais, em número praticamente equivalente ao das cidades terrenas. Existem ainda, situados nas suas proximidades, satélites dessas mesmas cidades, pequenos núcleos regidos pelas mesmas leis de hierarquia, baseadas no mérito espiritual, adquirido por esforço próprio, que as complementam, servindo-lhe de apoio e funcionado como postos de acolhimento e assistência.
Vindos de cada um desses satélites, espíritos motivados para as tarefas de auxílio, afadigam-se em torno dos seus tutelados, levando-os para os hospitais, dando-lhes assistência, auxiliando-os a se compreenderem, estimulando-os a crescer, animando-os a fim de, através de recursos próprios, se superarem espiritualmente.
Sobre Avinhão, cidade francesa situada no sul de França, existe a sua congénere espiritual, constituída por tudo aquilo que faz parte de uma grande cidade, desde habitações, edifícios destinados às múltiplas actividades que aí se desenvolvem, até aos templos erigidos para fins de ligação espiritual com Deus: templos resplandecentes de luz viva, harmonia, paz e compaixão, ficando esses templos situados em pontos estratégicos para serem de acesso fácil a todos os habitantes e, simultaneamente, irradiarem, através de permanentes preces aí em curso, fluidos amorosos sobre toda a cidade e também para fora dos seus muros.
Jardins imensos, alamedas, lagos, nascentes e quedas de água pura e cristalina, bosques – a natureza no seu melhor – tudo isto existe na cidade espiritual de Avinhão. Situada sobre a sua congénere terrena, irradia-a de fluidos salutares e, durante o período em que os seus habitantes estão a dormir, higieniza-lhe a psico-esfera. Deus, em Sua infinita misericórdia, nos permite fazê-lo. Jesus, Mestre e Irmão Maior, guia-nos nos trabalhos de auxílio que realizamos, fortalecendo-nos, animando-nos e proporcionando-nos tudo aquilo que necessitamos para os concretizarmos.
Espíritos laboriosos ocupam-se dos mais diversos trabalhos de auxílio, em hospitais, escolas, jardins, casas de acolhimento, em variadas tarefas, e também em actividades lúdicas, de leitura, música, passeios e muita cavaqueira: conversas amenas de conteúdos adequados à condição espiritual de cada um, no entanto sempre de cariz elevado, respeitoso e útil. O tempo, dádiva divina, precioso aliado nosso, serve-nos, e nós, respeitadores dessa dádiva, aproveitamo-lo integralmente. Tudo aquilo em que ocupamos o nosso tempo tem uma única finalidade: crescermos, auxiliando.
Dário, irmão que tu conheces, viveu na cidade física de Avinhão e, ao se recordar dessa encarnação, ele sente-se nostálgico de suas ruas e jardins, sendo-lhe particularmente cara a lembrança da sua casa, onde habitou juntamente com seus familiares: mulher, filha e filhos, familiares amados, já reencarnados e, separados dele fisicamente, espiritualmente o visitam durante o sono físico, mantendo-se ligados, fortalecendo-se mutuamente, animando-se a levarem com coragem os projectos reencarnatórios que traçaram juntos na espiritualidade. Dário, estando desencarnado, apoia-os, juntamente com irmãos seus que, laborando na seara de Jesus, os acompanham e auxiliam na concretização dos respectivos projectos.
Elias, tendo-nos descrito como funciona a cidade muito elevada onde vive, fê-lo a fim de me possibilitar descrever-ta. No entanto eu, tendo dificuldades em encontrar as palavras adequadas pedi-lhe: “Irmão, faz-me o obséquio, descreve-a…” Ele escreveu aquilo que te vou ditar:
“Vivo num plano espiritual muito luminoso, por misericórdia divina, e, sentindo-me indigno de aí viver, pedi ao Pai permissão para reencarnar a fim de, guiado pelo Seu amor, auxiliar a humanidade a reconciliar-se, o que farei quando Deus me permitir.
Durante a minha estadia nessa cidade, localizada muito acima da crosta, senti-me ligado a Jesus e a Maria, e, dessa ligação, resultou uma maior consciência de todo o sofrimento por que passa a humanidade encarnada e desencarnada, pelo que, tocado por tanta dor, pedi, supliquei, roguei a Deus que me desse uma oportunidade de auxiliar-vos a ultrapassar as diferenças e, sendo-me dada essa oportunidade, irei nascer muçulmano.
Damião, ao pedir-me para descrever a cidade, também me pediu para falar da minha decisão a fim de incitar-vos a aceitarem-me: muçulmano, irei nascer dentro da comunidade islâmica. Actualmente, muitos de vós odiais essa comunidade, criando aversão a todos os que lhe estão ligados, incluindo aqueles que, tal como eu pretendo fazer, já aí encarnaram a fim de auxiliar.
O Pai, ao me premiar com o acesso e permanência num plano muito elevado, também me imbuiu de novas responsabilidades. Sempre que, por misericórdia divina, um espírito ascende na hierarquia espiritual, são-lhe conferidas responsabilidades, sobretudo em relação aos seus irmãos de rectaguarda. Eu, agraciado pelo Pai, também as recebi, e, tocado, através da proximidade de Jesus e Maria, pelo sofrimento da humanidade, pedi, implorei, roguei ao Pai me permitisse, por Ele amparado, reencarnar juntamente com outros espíritos de escol, no planeta Terra.
Jesus, ao ser-me Mestre, guia e farol, e Maria, ao ser-me Mãe, protegem-me de minhas próprias inferioridades, erguendo-me ao Pai, levantando-me a fé e a confiança. Eles são o meu lastro, aquilo que me prende ao Alto, e, prendendo-me, permite-me, sob a Sua protecção, continuar o Seu trabalho de reconciliação entre os homens.
Walter, também ele reencarnou a fim de, juntamente com outros irmãos, elevar-vos ao Alto e reconciliar-vos uns com os outros.
O labor com Jesus e com Maria, sendo-nos gratificante, eleva-nos muito, ao ponto de não nos preocuparmos com as dificuldades que iremos encontrar durante o tempo em que permanecermos na Terra, sabendo no entanto que, aí imersos, sentir-nos-emos frágeis.
Sempre que permanecemos na cidade espiritual, Wallala, sentimo-nos exultantes de alegria íntima, ligados a Deus por laços de amor e aceitação; sendo-nos permitido frequentar o templo, lugar sublime, fazemos, juntamente com Jesus e Maria, os pedidos ao Pai, através de preces silenciosas, elevando-nos tanto que nos confundimos uns com os outros, sentindo os mesmos sentimentos de amor, comungando em uníssono as sensações de paz, quietude e harmonia perfeita do templo.
Jesus e Maria, sendo-nos fiéis, acorrem ao nosso chamamento, descendo de suas cidades e, juntamente connosco, oram ao Pai, pedindo-Lhe que atenda os nossos pedidos, enchendo-nos de confiança e fé na consecução dos nossos projectos.
Walter, antes de reencarnar, veio à cidade em que habito e, pedindo ao Pai permissão para reencarnar, obteve-a. Jesus e Maria intercederam a seu favor, tendo-o animado a, amparado por Eles, reencarnar com o objectivo de, juntamente com outros irmãos, realizar o projecto de auxílio à humanidade.
Durante o período da infância, ele, necessitando de cuidados permanentes, sentir-se-á bem; seus pais tudo lhe facultam para que se sinta confortável e feliz. Mas, ao sair da infância, entrará na puberdade, iniciando então os seus projectos, lembrando-se dos objectivos que o levaram a reencarnar e, enfrentando obstáculos, tudo fará para os superar, apesar de esses obstáculos lhe serem colocados pelos seus pais. Jesus também teve que ultrapassar essas barreiras familiares, da parte de seus irmãos.
Jesus, ao amparar Walter, legou-lhe o trabalho sagrado de, por Ele amparado, reconciliar-vos, aceitando-vos, unindo-vos e amando-vos uns aos outros.
Durante as minhas estadias em Wallala, além de orar, realizo, juntamente com os meus irmãos, trabalhos de vária ordem: cultivo de vegetais que utilizamos para fins curativos, à distância, de enfermos espirituais, e, tendo-nos sido autorizado deslocarmo-nos através de vários círculos espirituais, fazemo-lo, visitando e auxiliando amigos de outras colónias, utilizando nas nossas deslocações veículos que vos são invisíveis, ou volitando, sobrevoando-vos as cidades e os campos, pousando onde escolhemos, a fim de observar e auxiliar. É-vos possível ver alguns efeitos da nossa presença, sobretudo em campos onde fazemos inscrições destinadas a serem decifradas pelos irmãos que vos visitam, originários de distantes galáxias, orientando-os e auxiliando-os a identificarem a Terra e os seus habitantes, estado de desenvolvimento espiritual, seus problemas e riscos de interacção, tendo o cuidado de, por respeito às leis divinas, não interferir convosco.
Há, encarnados, espíritos capazes de nos vislumbrarem, elevando-se ao Pai, colhendo-nos ideais de reconciliação e unificação de toda a humanidade, sendo essas pessoas tratadas como alucinadas – foi o que aconteceu com Lúcia e seus primos: Jacinta e Francisco. Sempre que, com a permissão de Deus, uma pessoa, encarnada, contacta com um espírito de escol, sofre descrédito dos seus amigos e familiares, sendo-lhe difícil tornar-se aceite e credível para conseguir divulgar a mensagem.
Com alguma frequência, acontece que alguém consegue ver os veículos em que nos deslocamos; faz-se então grande alarido, publica-se nos jornais, é notícia de televisão, sendo-vos altamente interessante a temática OVNI. Pois, somos nós a visitar-vos, vimos à Terra a fim de vos auxiliar… Há, no entanto, visitantes de intenções pouco altruístas que, ao visitar-vos, o fazem, não para auxiliar, mas sim para investigar, com desrespeito pelas leis divinas, interferindo convosco.
Dário, quando, em diversas ocasiões, vos visitou, saindo da sua cidade espiritual, utilizou um veículo espacial, com o objectivo de, juntamente consigo, transportar diversos aparelhos destinados ao trabalho de auxílio. Embora tenha surgido junto de vós sozinho, viajou acompanhado por outros espíritos da sua cidade, cada um deles com a sua missão, tudo fazendo a fim de, ficando próximos, melhor vos conseguirem ajudar.
O Pai permite-nos viajar, volitando ou utilizando veículos, sós ou acompanhados, da melhor forma possível que se adeqúe aos fins em vista, amparando-nos sempre, protegendo-nos, elevando-nos o ânimo e, sobretudo, aumentando-nos a fé, tudo a fim de nos auxiliar a concretizar os nossos objectivos.
Jesus, nosso Bem Amado Mestre, e Maria, através de preces a nosso favor, nos auxiliam a, amparados pelo Pai, levarmos a bom termo os nossos planos.
Tudo aquilo que fazemos, fazemo-lo a fim de vos auxiliar, seja de que forma for, através de que meios, sempre o fazemos a fim de vos auxiliar, e, quando atingimos os nossos objectivos, quando, com o amparo de Deus, conseguimos cumprir os nossos projectos, erguemo-nos ao Alto, em prece, dando graças ao Pai.
Deus, tendo-nos proporcionado todos os meios para atingirmos os nossos objectivos, aumentando a nossa fé e criando-nos as condições indispensáveis para o êxito, recebe-nos o reconhecimento, a gratidão, recompensando-nos através do reforço da nossa fé e também através do envio de energias fortalecedoras. Ao mostrarmos ao Pai a nossa gratidão, ao reconhecermos a Sua infinita misericórdia, Ele, ligado a nós pelos laços de amor, restabelece-nos a harmonia e, indo ao mais íntimo dos nossos corações, liberta-nos das nossas dúvidas e ansiedades, fazendo-nos crescer mais.
Sempre que alguém necessita de cuidados de saúde, Jesus, nosso Maior Amigo, investe alguém da responsabilidade de ir em socorro desse doente e, por acréscimo de misericórdia, proporciona-lhe os meios de se curar. Se, por razões próprias, alguém recusar tratar-se, desprezando o auxílio, sofre as consequências dessa recusa: ao ficar sem recursos, precisando deles, debilita-se fisicamente, acabando por sucumbir.
Os recursos físicos, quando utilizados criteriosamente, prolongam-vos a vida física e, prolongando-a, aumentam-vos as possibilidades de crescer. Utilizai criteriosamente o vosso carro físico! Prolongando o período da encarnação, tereis mais tempo para crescer.
Ao utilizardes o carro físico de forma inadequada, sobrecarregando-o de alimentos pesados, como a carne vermelha, de álcool, tabaco, substâncias tóxicas de vária ordem, medicamentos, estupefacientes, a tudo isso juntando o estilo de vida sedentário e stressante, criais condições para e declínio precoce das faculdades físicas e psíquicas, diminuindo o período da encarnação, ficando assim com menos tempo para crescer.
Os desígnios de Deus, insondáveis, vão-se desvendando à medida que a vida se desenrola, e, quando esta chega ao seu términus, quando, olhando para trás, analisamos tudo aquilo que experienciámos, temos uma visão clara desses desígnios. Se tivermos acatado esses desígnios, sentimo-nos felizes; pelo contrário, se nos tivermos desviado deles, ficamos desiludidos connosco próprios, culpabilizando-nos pelo nosso fracasso.
Quando, no términus da nossa experiência física, após desencarnarmos, vivenciamos as principais experiências da vida que acabou, vivenciamo-las intensamente, alegrando-nos se a experiência tiver sido alegre, ou entristecendo-nos se a experiência tiver sido triste, sendo-nos ainda possível sentir como nossos os sentimentos bons ou maus daqueles a quem proporcionámos boas ou más experiências.
Deus, proporcionando-nos a possibilidade de revermos a nossa vida, também nos dá amparo durante essa revisão, e, sendo-nos muitas vezes difícil encarar as consequências das nossas acções, atribui-nos a presença de seres compassivos a fim de nos ajudar a suportar a experiência.
Os principais objectivos de todos nós, aqueles que, com o amparo do Pai, conseguiram ultrapassar-se, elevando-se, são auxiliar-vos, utilizando os meios que Deus nos proporciona. Elevando-nos, confiando sempre, ligados por laços de amor, prosseguimos na luta do bem contra o mal, utilizando as mesmas armas que Jesus utilizou: paciência, compaixão e amor.”
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Avinhão, cidade espiritual, durante o período em que, no plano físico, dormem os habitantes da sua congénere, recebe-os, ligados ao corpo material pelo chamado cordão de prata. Vêm sequiosos de esclarecimentos e de reencontros com os seus entes queridos já desencarnados. Abrimos-lhes as portas da nossa cidade, explicando-lhes que irão esquecer aquilo que virem, e, levando-os ao templo, aí, sob a influência benéfica de preces e fluidos vindos do Alto, subjugados por tanto amor, aceitam melhorar-se. Sendo esclarecidos sobre as causas dos seus problemas, acordam aliviados, e, frequentemente, com soluções para esses mesmos problemas.
Jesus, Mestre e Irmão Maior, bem como Maria, irradiam-nos a todos, tanto encarnados como desencarnados, de poderosos fluidos, e, fazendo-o, renovam-nos as forças íntimas, tanto e tão profundamente, ao ponto de, imersos nesses fluidos, conseguirmos encontrar soluções para problemas com os quais nos debatíamos. É por este mecanismo que vós, encarnados, frequentemente acordais com soluções para problemas difíceis.
Jesus e Maria são-vos dedicados, precisando apenas da vossa abertura espiritual para poderem agir a vosso favor, e, dando-lhes essa abertura, recebeis deles toda a assistência que necessitais.
Durante o período do dia, enquanto os cidadãos, acordados, se ocupam das suas diversas actividades, nós, descendo ao plano físico, tentamos guiá-los no bom caminho, intuindo-lhes ideias, sobretudo em relação à solução de problemas de relação, levando-os a se respeitarem e perdoarem mutuamente. Deus nos permite este labor a vosso favor, e, amparados por Ele, n’Ele confiando, tudo fazemos para que, intuídos por nós, consigais viver em paz e harmonia.
Quando, sob os auspícios de Jesus e Maria, adentramos a Terra, dirigindo-nos para Avinhão, sentimo-nos compelidos a auxiliar-vos: é esse o nosso desiderato. Sempre amparados pelo Pai, n’Ele confiando, enredamo-nos, introduzimo-nos, imergimos na esfera física, entranhamo-nos nela, onde, utilizando todas as nossas forças, vontade, paciência, compaixão e amor, nos esforçamos por vos conduzir às escolhas mais adequadas ao vosso próprio progresso espiritual. Jesus, tendo exemplificado as virtudes, ensinou-nos que é através da prática dessas virtudes que se cresce. Tendo-nos também ensinado a amar-nos uns aos outros, tentamos praticar esses ensinamentos, levando-vos o nosso amor e a nossa fraternidade.
Os irmãos necessitados de auxílio, ao virem à nossa cidade são sempre auxiliados, tendo-nos sido dada a possibilidade de os guindarmos, e, através deles, guindamo-nos a nós próprios. Ao retornarem ao corpo físico, após acordarem sentem-se fortalecidos, animados e, frequentemente, com a solução para problemas com que se debatiam.
Tudo aquilo que fazemos, fazemo-lo para vos auxiliarmos, e, com o amparo de Deus, através de Jesus e Maria, irradiamos-vos de fluidos e energias apropriados ao vosso equilíbrio físico e espiritual. É assim que se cresce, auxiliando-nos uns aos outros, aperfeiçoando-nos cada vez mais, aproximando-nos cada vez mais do Mestre.
Jesus e Maria, espíritos de escol, guindaram-se através dos seus próprios esforços. Tendo-lhes o Pai reconhecido o esforço, recompensou-os, dando-lhes mais oportunidades de crescimento através do auxílio ao planeta Terra e à sua humanidade, incitando-Os a serem seus penhores e a levarem-lhe a mensagem de paz e perdão, compaixão, caridade e amor, com respeito uns pelos outros e aceitação das diferenças.
Sempre que, através da mediunidade, Maria se manifesta a alguém, sobretudo a crianças, por serem mais influenciáveis à sua mensagem, o seu principal objectivo é divulgar os ensinamentos de Jesus. Embora Ela se tenha manifestado muitas vezes, sem que disso tenha havido divulgação pública, houve, em vários locais da Terra, manifestações que marcaram pela fidelidade dos médiuns. No caso específico de Fátima, aquelas três crianças foram muito fiéis a Maria e a Jesus, sofrendo, mas nunca renegando, tendo mantido a sua palavra fiel até serem levados em consideração. Incitamos-vos a, à semelhança deles, aceitarem a mensagem que aí foi divulgada, e, através de sacrifícios e orações a favor de todos os necessitados, auxiliarem Maria, através da emissão de fluidos elevados ao Pai pelos milhares de pessoas em oração, a imprimir nos corações desafortunados e sofredores, bálsamos suavizantes.
Maria e Jesus, juntos, trabalham a vosso favor, irradiando-vos de fluidos benéficos. Respondei-lhes, emitindo também bons fluidos! Sede emissários da mensagem de Fátima: paz entre os homens e perdão para aqueles que sucumbiram na jornada para a luz.
Deus, criador de tudo aquilo que existe, proporciona-nos os meios de progresso espiritual. Tendo-nos criado simples e ignorantes, deu-nos as ferramentas para evoluirmos a todos os níveis, responsabilizando-nos pela sua utilização e pelas consequências boas ou más dessa utilização, consoante ela tenha sido benéfica ou prejudicial. O Pai, dando-nos os meios para evoluirmos, respeitando-nos o livre-arbítrio, torna-nos responsáveis pelos nossos esforços de crescimento; sendo nós responsáveis pelos nossos actos, colhemos os efeitos desses actos, aprendendo com os nossos erros, caindo e levantando-nos tantas vezes quantas forem necessárias para ultrapassarmos as nossas inferioridades.
Os irmãos necessitados de auxílio, nossos tutelados, quando se reabilitam, sentindo-se agradecidos, quase sempre pedem para ingressarem em grupos de socorro. Aí integrados, iniciam-se na prática do bem, crescendo através da caridade.
Todos os dias, caravanas compostas por espíritos socorristas, uns mais adiantados, liderando os grupos, outros menos adiantados, trabalhando sob a tutela dos primeiros, se dirigem para o umbral, e, sempre amparados por Jesus, aí realizam trabalhos de esclarecimento, levando aos sofredores palavras de ânimo, de coragem para mudarem e de esperança no futuro, aliviando-os das suas dores psicológicas e “físicas”, lembrando-os de que são filhos de Deus. Sentindo-se alvo de atenção, iniciam o seu processo de elevação, podendo servir-lhes de exemplo a história pessoal de cada um de nós, pecadores, sofrendo ainda devido aos nossos erros pregressos, mas imbuídos da vontade de crescer, auxiliando.
Muitos irmãos sofredores, invisíveis aos vossos olhos, são-vos frequentemente próximos, tudo fazendo para vos intuírem as suas ideias mórbidas, e, devido ao grau de amnésia de que sofrem, pensando estar ainda no corpo físico, imitam-vos as actividades do quotidiano, indo ao ponto de vos acompanharem à mesa, verem televisão convosco, fumarem, tomarem banho, sendo-vos companhia frequente em casa e no local de trabalho, aí se imiscuindo nas vossas actividades, e, no final do dia, deitam-se nos leitos para dormir, sentindo-se cansados pela jornada diária.
Todos os espíritos, seja qual for a sua condição, moral e evolutiva, têm ligações ao plano físico, sendo-lhes muito atractivo o ambiente onde vivem e deixaram os seus apegos, aí se demorando durante mais ou menos tempo, conforme se tenham conseguido desapegar mais ou menos enquanto encarnados.
Vivei a vida com desapego! Vigiai-vos intimamente a fim de, quando sentirdes apego a algo, cortardes esse laço, antes que ele vos prenda e vos impeça de levantardes voo após a morte física.
Sempre que, sob o jugo de Jesus, um espírito se desloca ao plano físico a fim de auxiliar alguém, vai imbuído das melhores intenções com vista a, sendo conhecedor do plano reencarnatório desse irmão, o conduzir em direcção aos objectivos traçados para essa reencarnação. Deus, infinitamente misericordioso, permite-nos este auxílio, indicando-nos direcções certas para os fins em vista. Sempre que, amparados por Jesus, atingimos os objectivos, levando aquele que auxiliamos a atingir os objectivos reencarnatórios, elevamo-nos ao Alto, dando graças a Deus pelo êxito obtido. Deus, infinitamente misericordioso, compensa-nos, reforçando a nossa fé e confiança n’Ele.
Os irmãos necessitados de auxílio que, detidos no umbral, sofrem amargamente as consequências das suas acções, são presença frequente nos vossos lares, locais de trabalho, transportes públicos, cafés, etc, vivendo o dia a dia convosco, como se ainda estivessem no corpo físico, alguns deles pensando que ainda estão. Estes irmãos influenciam-vos, transmitindo-vos as suas ideias mórbidas, sintomas doentios e, sobretudo, desânimo. Há, entre vós, tantos espíritos! Há, entre vós, tanto sofrimento! Evitai a sua influenciação, mantendo-vos ligados ao Alto, através de pensamentos positivos, de oração e da prática do bem.
Há também entre vós espíritos elevados que, sentindo-se atraídos por boas vibrações, permanecem junto daqueles que vibram sintonizados com eles. Vivei a vida de forma alegre e positiva, atraindo a vós espíritos elevados, afastando-vos daqueles infelizes que, por causas próprias, sofrem e fazem sofrer os que com eles se sintonizem.
Durante a vida física, enquanto mergulhados na matéria densa, espíritos encarnados, irmanados nos mesmos objectivos, conjugam esforços, conseguindo atingir esses objectivos mais facilmente do que se estivessem sós. Da mesma forma, enquanto na erraticidade, espíritos desencarnados, unidos com objectivos comuns, também conseguem mais facilmente atingi-los do que se estivessem sozinhos. Tudo isto para dizer que, quando vos reunis para orar com os mesmos objectivos, seja em que local for, essa prece ganha força, elevando-se ao Alto, reforçada com as preces dos espíritos desencarnados que se juntam a vós a orar. Atingem-se assim vibrações muito elevadas, fazendo uma ponte entre o Céu e a Terra, ligando-os e ligando-vos a Deus. O Pai, infinitamente misericordioso, ouve as vossas preces e atende-vos os pedidos, de acordo com o merecimento daqueles por quem orais e com o vosso próprio merecimento.
Sede merecedores! Elevai-vos ao Alto, através da prática do bem, e, ao pedirdes ao Pai auxílio para alguém, Ele levará em linha de conta o vosso merecimento. Quanto mais vos elevardes, mais conseguireis auxiliar.
Sendo-nos proporcionada a oportunidade de servirmos na causa do bem, auxiliando os irmãos sofredores, todos somos beneficiados: uns, pelos esclarecimentos recebidos, outros, pelos esclarecimentos facultados. Crescendo juntos, sentimo-nos ligados uns aos outros por laços profundos de afecto e amor. Ao reencarnarmos, quando encontramos algum desses irmãos, sentimo-nos atraídos, ligamo-nos facilmente a eles, somos felizes ao seu lado.
Durante o tempo em que, devido a causas de vária ordem, permanecemos desencarnados, na erraticidade, temos oportunidade de, amparados por Jesus, e de acordo com o nosso merecimento, viajarmos por outros planos espirituais, incrementando os nossos conhecimentos, nos educarmos, sendo-nos dadas explicações sobre as leis divinas, sobretudo a Lei de Causa e Efeito, a fim de compreendermos a origem do nosso sofrimento.
Os muitos céus, uma ínfima parte dos quais se situa no Sistema Solar, espraiam-se pelos universos criados por Deus, atingindo tantos biliões! Chegam-vos ténues luzes desses céus, laivos de ideias, subtis vislumbres daquilo que constitui o todo que Deus criou e governa.
Durante a permanência no mundo espiritual, adquiris conhecimentos sobre esses céus, os quais esqueceis ao reencarnardes. Esses conhecimentos, no entanto, são-vos próprios, continuam inscritos na vossa memória; eles por vezes emergem e tornam-se conscientes, nos sonhos ou em momentos difíceis, podendo impressionar-vos pelos detalhes que revelam. Servi-vos deles para reforçardes a vossa fé na eternidade da vida. Divulgai esses conhecimentos entre aqueles que vivem sem esperança, convictos de apenas terem uma única oportunidade para serem felizes. Eles, crescendo em fé, irão influenciar outras pessoas que, fortalecidas, continuarão a divulgar esses conhecimentos. Desta forma, semeando-se a fé, esta florescerá nos corações sequiosos de todos aqueles que anseiam por Deus.
Os espíritos necessitados de auxílio, acompanhados por seus guias, familiares e amigos, são conduzidos aos hospitais, aí internados, e, quando se reequilibram, sentem-se muito gratos; envidam então esforços, pedem-nos permissão para, inseridos em equipas de socorro, iniciarem a prática da caridade, sentindo-se felizes por poderem, através dessa prática, auxiliar aqueles que se encontram na mesma situação em que eles próprios se encontravam. Deus, infinitamente misericordioso, permite-lhes essa experiência.
Durante o processo de crescimento, enquanto o espírito – criado simples e ignorante – se alterna entre o mundo físico e o munto espiritual, tudo aprende, tanto o positivo como o negativo, utilizando essa aprendizagem de acordo com o seu livre-arbítrio, sofrendo as consequências boas ou más das suas escolhas.
Quando, no decorrer da vida física, um espírito encarnado, conscientemente, ferir alguém - seja física, seja psicologicamente – irá, durante essa vida, se houver oportunidade, ou numa vida futura, ter necessidade de ressarcir essa pessoa, pagando-lhe com o bem, com amor, ainda que para isso tenha que sofrer. Tudo aquilo que, de forma consciente, fizermos sofrer, entra na nossa conta divina, endividando-nos, tornando-nos devedores daqueles que magoámos.
Jesus, Mestre e Irmão Maior, tudo sofreu. Fê-lo a fim de exemplificar a renúncia aos valores materiais em favor dos valores espirituais. Sede exemplos de Jesus! Valorizai os valores espirituais e, renunciando aos valores materiais, elevais-vos a Deus, imitando Jesus. Jesus elevou-se tão alto! Prossegui, com coragem e fé, a vossa luta contra as próprias inferioridades, valorizando os bens espirituais e, a exemplo d’Ele, desvalorizando as riquezas materiais.