CAPITULO VI: LEON
As “muitas moradas” a que Jesus se referiu, indiciam a existência de mundos invisíveis aos olhos humanos e, simultaneamente, de inúmeros universos físicos que, também invisíveis aos vossos olhos, pela distância a que se encontram, servem de morada a comunidades humanas, encarnadas e desencarnadas, em diferentes estados de evolução. Os mundos invisíveis que circundam o planeta Terra constituem uma fracção infinitesimal das muitas moradas citadas pelo Mestre.
Lyon, cidade francesa situada a sudoeste do país, tornou-se um grande centro industrial que acolhe milhões de espíritos encarnados e, tendo-se desenvolvido durante muitos séculos é, devido a essa ancestralidade, atracção para muitos viajantes que, visitando-a, ficam admirados com as suas construções antigas, seus bairros, seus jardins e monumentos, assim como pelas suas gentes, acolhedoras e bem-dispostas.
Os arredores de Lyon são-vos familiares pelos cultivos predominantes: muitos vinhedos, pomares e hortas.
Situada sobre Lyon, encontra-se uma cidade espiritual, denominada Leon, que é, através do labor dos seus cidadãos, um pilar de fraternidade e amor junto dos seus irmãos encarnados. Estes, durante o sono físico aí acorrem, a fim de reequilibrarem as suas energias diminuídas pelo trabalho desgastante e pelas actividades lúdicas, muitas delas pouco saudáveis física e espiritualmente.
O irmão fundador desta cidade, ao atribuir-lhe o nome Leon, dedicou-o ao espírito Léon Denis, então encarnado, pelos méritos adquiridos no decurso dessa encarnação. Quando, após desencarnar, lhe foi dada a conhecer esta cidade, bem como o fundamento do seu nome, sentiu-se simultaneamente indigno e agradecido pelo reconhecimento do seu trabalho.
Os irmãos que vivem na cidade de Leon ocupam-se de trabalhos de auxílio a desencarnados, levando-lhes o Evangelho de Jesus, fluidos e energias. Muitos deles negam-lhes o socorro, mas alguns deles aceitam-no. Os que o aceitam seguem com eles de regresso a Leon. Uma vez aí, ficam internados no hospital onde são alvo de cuidados permanentes.
Praticamente todas as cidades espirituais laboram no campo de auxílio aos desencarnados. Deus, em Sua infinita misericórdia, permite-nos este labor em benefício próprio e em benefício daqueles que auxiliamos. Nas “muitas moradas” de Jesus, principalmente naquelas que circundam planetas habitados, este labor se repete. Tendo nós permissão para divulgar estes esclarecimentos, acrescentamos que em todo o Universo Deus o permite. Assim como em vários planos espirituais se propaga a Doutrina do Mestre, também em infinitos universos se divulga a Sua mensagem de amor. Jesus é Universal! Tendo-se Ele tornado perfeito, assumiu o governo do Sistema Solar, incluindo a Terra, de acordo com o plano do Pai, emanando simultaneamente os Seus fluidos sobre tudo aquilo que Deus criou. Estes fluidos, ao se conjugarem com os fluidos oriundos dos Seus congéneres, reforçam-nos e elevam-se ainda mais alto para benefício de todas as humanidades encarnadas e desencarnadas desses universos.
Leon é morada de irmãos operosos que aí laboram continuamente e, saindo em busca dos infortunados, levam-lhes amor, esclarecendo-os com a palavra de Jesus, fluidificando-os, aliviando-lhes os sofrimentos e, sobretudo, dando-lhes ânimo. Quando estes se acham preparados, é-lhes dada a oportunidade de irem para a cidade de Leon, aí se reequilibrando, se fortalecendo, se harmonizando, até alcançarem um ponto em que eles próprios sentem atracção pelo trabalho de auxílio… é a Divina Misericórdia a manifestar-se neles.
A cidade espiritual de Leon, situando-se perto da crosta, vive plenamente os objectivos que Jesus programou para ela: levantar o ânimo de todos os habitantes de Lyon, encarnados e desencarnados, elevando-os espiritualmente, através do labor de seus cidadãos que trabalham sob a égide do Mestre. Ao laborarmos sob a Sua égide, recebemos d’Ele fluidos salutares, muito sublimados, que, atingindo-nos no mais íntimo de nossas fímbrias, nos impregnam dessas energias e, assim preparados, tornamo-nos mais capazes de auxiliar, sendo beneficiados. Deus, ao nos permitir este labor, recompensa-nos…
Leon, cidade luminosa, vivendo permanentemente ao serviço de Jesus, cresce a olhos vistos: tendo sido fundada há pouco mais de um século, espalha-se, entranhando-se nos espaços circundantes, construindo jardins, casas, edifícios, tudo com um único objectivo: auxiliar.
Durante a fase inicial da sua fundação, Leon apenas contava com o hospital, o templo e uma plantação de produtos vegetais utilizados no tratamento dos enfermos e, nessa época, apesar de estarmos confinados a esse espaço, laborávamos com o mesmo amor e dedicação com que o fazemos agora. Deus, nosso Pai, chamou-nos para colaborarmos na Sua obra e nós aceitámos a convocação.
Os progressos verificados ao longo das décadas, juntamente com os diversos casos difíceis que, graças ao Pai, tiveram um desfecho feliz, deram-nos alegria e, ao nos alegrarmos, tudo agradecemos.
Os contínuos vai vens entre o Céu e a Terra, ou seja, entre as cidades espirituais e o plano físico, são para todos nós, espíritos ao serviço de Jesus, oportunidades de ouro para crescermos, auxiliando. Elevando-nos a Jesus, atingimos estados espirituais muito sublimados e, ao vivenciarmos esses estados, agradecemos a Deus.
Quando nos preparamos para os labores sagrados com Jesus, ao programarmos as actividades, gozamos da protecção do Alto e, sentindo-nos seguros dessa protecção, envidamos todos os esforços para atingirmos os objectivos de cada missão. Neste contexto incluem-se missões de diversa ordem, desde incursões em zonas sombrias até irradiações de fluidos, sobretudo no plano físico, e também assistência aos trabalhos que são por vós realizados nos Centros Espíritas.
Os trabalhos que, com o auxílio de Jesus, levamos a efeito, seja no plano espiritual, seja no plano físico, proporcionam-nos oportunidades ímpares de progresso espiritual, muitas vezes sendo nós mais beneficiados do que aqueles que auxiliamos.
Cada missão é por nós encarada como se fosse única: tudo é meticulosamente agendado, tudo sendo previsto e, através de meios que ainda vos são desconhecidos, adquirimos pré-conhecimento desses trabalhos, os seus efeitos, as suas dificuldades e os seus principais beneficiados. Tendo nós essa previsão, sentimo-nos instados a ultrapassarmo-nos a fim de, com o auxílio de Jesus, vencermos os obstáculos e, graças ao Pai, conseguirmos atingir os objectivos de cada missão.
Claro que, ao terminarmos, agradecemos ao Pai, a Jesus, a Maria Santíssima e aos Mentores da nossa cidade, o amparo que nos proporcionaram. Ao agradecermos, sentimo-nos felizes e, sentindo-nos felizes, elevamo-nos mais alto, recebendo do Alto fluidos sublimados.
Deus, nosso Pai, criou-nos iguais em oportunidades de crescimento e quando, tocados pelo Seu amor, evoluímos, recordamo-nos dos nossos primeiros passos no plano físico. Ao nos recordarmos deles, ao regressarmos, em espírito, à nossa inicial condição de simplicidade, agradecemos ao Pai: tudo Ele nos proporcionou para que conseguíssemos atingir o estado de progresso que alcançámos.
O Pai é amor. Ele criou-nos por amor e é através do amor que, elevando-nos por nossos esforços próprios, nos recompensa por termos, à custa de muito suor e lágrimas, ou seja, trabalho e sofrimento, atingido o patamar que é o nosso actual estado de crescimento espiritual. Sendo Ele amor, temos fé no Seu amparo, temos confiança, temos a garantia de que, no final da nossa caminhada, O iremos encontrar. Levemos o tempo que levarmos, reencarnemos as vezes que tivermos que reencarnar, soframos o que tivermos que sofrer, atingiremos o estado de perfeição que Jesus atingiu e encontrar-nos-emos com Ele.
Os nossos irmãos que, após se reequilibrarem, se iniciam nos trabalhos devotados ao socorro, fazem-no felizes; sabendo-se úteis, elevam-se.
Cada dia, cada hora, cada minuto, sendo-nos dados pelo Pai, aproveitamo-los para auxiliar sempre que há alguém necessitado e, mesmo sem nos pedirem auxílio, muitas vezes vamos aos lugares sombrios, amparados por Ele, levando connosco amor e palavras de consolação, retiradas do Evangelho de Jesus.
Auxiliando sempre, esclarecendo, irradiando, beneficiamos aqueles a quem doamos essas bênçãos, sendo no entanto nós os primeiros beneficiados. Sendo-nos tudo dado de graça, é de graça que distribuímos aquilo que nos vem de Deus.
Leon, nossa cidade de origem, bem como outras cidades espirituais, preparam-se, vivendo entusiasticamente o próximo passo a favor da humanidade: a reencarnação de muitos espíritos elevados. Embora vivendo com alegria esse acontecimento, não deixam de mostrar alguma nostalgia pela partida desses irmãos. Todos sentiremos saudades…
Estes irmãos, ao escolherem o caminho da reencarnação, terão o permanente amparo de Jesus e, indo em missão, irão ser constantemente acompanhados pelos Mentores do Alto que, irradiando-os de fluidos, ideias, imagens e muito amor, tudo farão para auxiliá-los a concretizar os planos que elaboraram.
Ao servirmos Jesus, através das múltiplas actividades que realizamos, temos a certeza da Sua protecção. Ao termos essa certeza, sentimo-nos seguros, animados, entusiasmados e, dessa forma, damos o nosso melhor para que cada missão tenha êxito.
Deus, nosso Pai, tendo-nos criado simples e ignorantes, proporciona-nos, ao longo de múltiplas existências, o necessário para crescermos através de experiências multiformes, acompanhando-nos e dando-nos o Seu amparo e protecção. Durante todo o trajecto de nossa existência, seja na carne, seja na espiritualidade, Ele nunca nos a abandona.
Hoje e amanhã, como ontem, estamos protegidos pelo Pai, sendo-nos por Ele dado tudo. Recebendo esse tudo, sejamos gratos, reconheçamos sempre essas dádivas, louvemos a Misericórdia de Deus e tenhamos fé e esperança na continuidade desse provimento divino. Tendo fé em Deus, a existência torna-se fácil, feliz e esperançosa. Sem fé, a existência torna-se sombria, triste e sem esperança.
Caminhamos juntos e, no decurso dessa caminhada, deparamo-nos com obstáculos difíceis de transpor. Com fé, com perseverança, conseguimos transpô-los. Sem fé, sem vontade de perseverar, dificilmente os transporemos.
Os servos de Jesus, entre os quais sirvo humildemente, auxiliam-vos, com o amparo do Pai, a derrubar as barreiras colocadas no vosso caminho. Sem fé, sem esperança, sem perseverança, torna-se difícil auxiliar-vos e, sendo difícil, ficais com menos fé e menos esperança. Se tiverdes fé, esperança e perseverardes, torna-se mais fácil auxiliar-vos…
Os irmãos necessitados de auxílio formularam, antes de reencarnarem, projectos para se melhorarem mas, imergindo na carne, esquecidos desses projectos, desviaram-se do caminho… Jesus, irradiando-vos de fluidos salutares, incentiva-vos a irdes em auxílio desses pobres sofredores e, ao aceitardes esse labor, ressarcis débitos contraídos no passado em relação a esses irmãos, e, por acréscimo de misericórdia divina, podeis também auxiliar irmãos em relação aos quais estais equilibrados.
Nada se perde na contabilidade divina, tudo fica registado e, ao chegardes à espiritualidade, tereis perante vós a balança: a vosso favor, se tiverdes cumprido com aquilo a que vos propusestes, ou contra vós, se o não tiverdes feito. Ao vos confrontardes convosco próprios, perante a vossa consciência e, amparados pelos vossos guias, chegardes à conclusão que desleixastes o projecto reencarnatório, sentir-vos-eis falidos. Pelo contrário, se chegardes à conclusão que conseguistes cumprir esse projecto, sentir-vos-eis felizes e ireis ser recompensados.
Deus, Pai e Criador de tudo aquilo que existe, proporciona-vos todas as oportunidades para concretizardes os vossos projectos e, tendo-as desperdiçado, gemeis implorando uma nova oportunidade.
Quando, sob o jugo de Jesus, alcançais a vitória sobre vós mesmos, cumprindo o projecto, elevais-vos e agradeceis ao Pai todas as oportunidades que Ele vos concedeu para conseguirdes cumpri-lo.
Irmãos, aceitai tudo aquilo que Deus vos coloca no caminho a fim de conseguirdes cumprir os vossos projectos.
Em Leon, como noutras cidades espirituais, recebemos constantemente irmãos vindos da crosta, sofrendo muito por se terem endividado. Pretendendo reencarnar, precisam de pais…
Pais e mães, aceitem-nos! Há milhões de espíritos necessitados da experiência no corpo físico para se equilibrarem e, precisando de pais, têm dificuldades em ser aceites, ficando desesperados por uma oportunidade que tarda em chegar. Necessitados de um corpo físico, de uma família, buscam-na, sentindo-se indesejados, repelidos, enxotados como insectos repugnantes.
Mães, usai o vosso vaso sagrado para receberdes filhos. Tendo-vos Deus dado um corpo, utilizai-o em benefício daqueles necessitados, beneficiando-vos a vós próprias e, cumprindo o projecto reencarnatório, regressareis à espiritualidade como vencedoras e não derrotadas.
O aborto, juntamente com a contracepção, e o egoísmo de muitos casais, dificultam as reencarnações. Há hoje muitas mulheres que, apesar de possuírem tudo o necessário, desde saúde física e mental, até bens materiais, se recusam a receber filhos. Elas desconhecem a lei de causa e efeito e, desconhecendo-a, são vítimas de si próprias, endividando-se com a Lei. Ao desencarnarem, terão perante si as consequências das suas acções…
Recebemos recentemente na cidade de Leon uma mulher desencarnada na sequência de um aborto: tinha-se preparado para receber um filho, no entanto, quando teve conhecimento que se tratava de uma filha e não um filho, decidiu abortar. Chegou até nós em grande sofrimento e, tendo-lhe sido proporcionada a possibilidade de integrar-se numa equipa de socorro a mulheres grávidas, aceitou, grata pela oportunidade de tentar impedir que outras mulheres fizessem o que ela fez.
Os projectos reencarnatórios, firmados no plano espiritual antes da encarnação, elevam-nos para Deus, buscando melhorar-nos nos aspectos em que, durante anteriores encarnações, falhámos. Quando, imersos na carne, esquecemos tudo aquilo que nos propusemos fazer, somos confrontados com pessoas e experiências propícias a, através delas, atingirmos os objectivos. Se, instados pelos nossos guias, conseguimos ultrapassar as dificuldades e, com o auxílio de Jesus, atingimos um patamar acima daquele em que nos encontrávamos, regressamos felizes à espiritualidade. Aí, sendo-nos proporcionada a possibilidade de, por esforço próprio, progredirmos auxiliando, é com alegria que o fazemos, enfileirando com aqueles que, sob o jugo de Jesus, laboram incessantemente, levando esclarecimentos, fluidos e alívio àqueles espíritos infelizes que ainda perseveram na prática do mal.
Quando nos encontramos em lugares de sofrimento e, amparados pelo Pai, proporcionamos esclarecimentos a esses irmãos, sentimo-nos gratos por poder fazê-lo… Deus, ao nos permitir essa prática, premeia-nos os esforços de aprimoramento, dando-nos forças para conseguirmos vencer as barreiras difíceis de derrubar.
Cada imersão nos planos sombrios é, por todos nós, servos de Jesus, preparado cuidadosamente, atendendo a pormenores importantes e, sendo-nos permitido ingressar nesses planos, também nos é garantida a assistência de Deus e de Jesus. Jesus, ao ser-nos fiel, ao amparar-nos e guiar-nos na prática da caridade, impregna-nos de energias salutares e fortalece-nos com fluidos muito sublimados, ficando nós fortalecidos o suficiente para penetrarmos, sem receio e com fé, nesses antros de sofrimento.
Leon, cidade luminosa, prepara-se para, através de cuidadoso planeamento, acolher esses irmãos resgatados e, internando-os em hospitais protegidos, auxilia-os a encontrarem-se consigo próprios, a auto analisarem-se, sendo-lhes proporcionados meios adequados para esse fim, meios esses que, por misericórdia divina, divulgamos aos espíritos encarnados quando, durante o sono físico, nos visitam… Eles, sendo-lhes facultado o conhecimento desses meios de tratamento, irão, com o tempo, “lembrar-se”, desenvolvendo técnicas similares para tratarem os seus doentes.
Os irmãos que, tendo sido acolhidos em Leon e, sob constantes cuidados, readquirem a harmonia, interessam-se pelos nossos trabalhos e, de acordo com a vocação de cada uma, integram grupos de trabalho nas diversas áreas, sendo-lhes facultado apoio, instrução e, sobretudo, muita paciência. O Pai tudo lhes proporcionou; mesmo aqueles infelizes que ainda se comprazem na prática do mal, mesmo esses, nunca os abandonou, sendo-lhes dada, permanentemente, assistência. Quando eles abrem uma janela de oportunidade, humilhando-se e arrependendo-se, logo, enviados pelo Pai, filhos Seus mais esclarecidos, laborando sob o jugo de Jesus, os acolhem.
Jesus e Maria, muitas vezes, juntos, se deslocam aos planos inferiores, irradiando-os com fluidos salutares, levando-os a se confrontarem dos seus erros, elevando-os, para que eles, sentindo-se em dívida, se humilhem e arrependam, condição indispensável para receberem o auxílio.
Leon, cidade espiritual próxima de Lyon, recebe frequentemente estes espíritos, acomoda-os em hospitais, cuida deles e, após se harmonizarem, integra-os na vida da cidade. Estes irmãos, vendo-nos laborar, logo se interessam pelos trabalhos que realizamos. Jesus, nosso Irmão e Mestre, auxilia-nos a auxiliá-los, sendo-nos benéfico fazê-lo. Sob o Seu jugo, sob o Seu amor, sentimo-nos felizes, fortes, amparados, tornando-nos capazes de, confiando n’Ele, interagirmos com estes infelizes irmãos.
Leon, tendo-lhes dado guarida, tendo-os recebido e cuidado, agora, após o seu reequilíbrio, também os incentiva a laborar com Jesus, sob o Seu comando e, aceitando fazê-lo, beneficiam-se.
Ao recordarem-se, durante o período de tratamento, das situações que viveram, daquilo que fizeram sofrer os seus irmãos, eles, ainda submetidos a tratamento, sofrem, culpabilizam-se e amarguram-se. Ao lhes ser proporcionado conforto e esclarecimentos, indispensável para lhes elevar o ânimo, esses infelizes irmãos, arrependidos de tanto terem feito sofrer, juram não voltar a fazê-lo, implorando ao Pai nova oportunidade.
Deus, infinitamente misericordioso, incentiva-os, através do nosso labor, a iniciarem eles próprios trabalhos de auxílio, o que eles, muito animados, fazem. Cada irmão sofredor trazido para Leon é, no futuro, um trabalhador na seara de Jesus.
Ao serem autorizados a integrarem equipas de trabalho, ao se iniciarem na prática do bem, ao viverem a experiência da compaixão, eles, recém libertos da escravidão do mal, rejubilam:
- Obrigado Pai, pela oportunidade de, por tua infinita misericórdia, me permitires iniciar-me nos trabalhos de amor! – exultam eles, sentindo-se felizes e gratos.
Jesus, nosso Mestre e Irmão Maior, tudo nos proporcionou, desde ensinamentos, exemplos, muito amor e, sobretudo, muita paz, a fim de, tendo-nos dedicado ao trabalho em Sua seara, conseguirmos levá-lo a cabo com êxito.
Os primeiros beneficiados somos nós, depois aqueles que auxiliamos e, finalmente, todos aqueles infelizes que, recebendo-nos esclarecimentos e fluidos, vão, paulatinamente, amadurecendo-se e, com o decorrer do “tempo”, também eles reagirão positivamente aos nossos apelos, sucumbindo ao amor e compaixão de Deus.
Ninguém está condenado, todos somos fadados à perfeição. Leve o tempo que levar, as vidas que forem necessárias, no final todos atingiremos a perfeição: este é o nosso desiderato.
Deus, nosso Pai e Criador, enviou-nos Jesus para nos lembrar que, à Sua semelhança, podemos atingir a perfeição; ao atingirmos essa perfeição, ao nos igualarmos a Jesus, teremos, tal como Ele, oportunidades imensas de continuar a crescer. Tendo-lhe sido dado pelo Pai tudo aquilo que Ele necessitou para atingir a perfeição, também a nós o Pai dá todas as oportunidades.
Jesus, nosso Mestre e nosso Maior Amigo, vencendo obstáculos e derrubando barreiras – espirituais, do foro íntimo – cresceu tanto que, ao avaliar a humanidade, ao observá-la como um todo, intuiu a necessidade de na Terra encarnar a fim de, através de exemplos e pregação, ensiná-la a encontrar o caminho de regresso ao Pai.
Fomos ensinados por Ele, por Ele guiados e encaminhados. Fomos, através do Seu amor, intuídos a, pelos nossos próprios meios, auxiliar-vos a crescer e, também pelos nossos próprios meios, auxiliar-vos a auxiliar.