O Nicolau é co-responsável, juntamente com o sublime Irmão David, e sob a sua orientação, pelo Posto de Socorro, habitando este irmão numa cidade espiritual acima daquela que nós habitamos, ambos cuidando de tudo aquilo que concorre para que o auxílio aos sofredores se processe.
Nicolau intende mudar-se para ficar mais tempo dedicado ao Posto de Socorro e aos sofredores: ele recordou-se, porque já lhe foi avivada a memória, dos tormentos que passou nos mundos inferiores, há muito tempo, após uma desencarnação, e justifica-se que, tendo sido auxiliado, agora seja ele próprio a socorrer espíritos infelizes.
Eu, ao morrer, fui logo levado para o Céu, mas, tendo vivido outras vidas e outras mortes, também poderei ter sofrido; no entanto, por falta de elevação, ainda não me é permitido lembrar-me do passado. Nicolau já se elevou o suficiente para se recordar sem se desequilibrar, e, ao fazê-lo, decidiu entregar-se ao trabalho, sofregamente: podendo ter períodos para repousar, não o faz, ligando-se integralmente a esta obra, Dominus Voviscum, nome de sua escolha.
Há, por toda a Terra, seja qual for a religião que aí predomine, postos de socorro próximos da superfíciedo planeta, ligados a cidades situadas espiritualmente mais acima, com as quais funcionam em articulação, que prestam socorro aos sofredores, levando-lhes o Evangelho de Jesus, preces, esclarecimentos e fluidos, para que se elevem o suficiente para serem socorridos. Deus é Pai, e, através dos Seus filhos mais esclarecidos, leva-lhes luz e amor. Tudo aquilo que fazemos, fazemo-lo em nome de Deus e de Jesus, de quem somos servos e a quem entregamos o resultado do nosso trabalho.
David é um espírito muito luminoso que vive numa cidade acima da nossa. Ele e o Nicolau elevam-se a Jesus, utilizando-se d'Ele para fluidificarem tudo aquilo que estão a construir, ligando-se permanentemente a Ele e d'Ele recebendo os fluidos. Há-os para todos os fins: muitas vezes são esses fluidos responsáveis pelas nossas decisões íntimas, tocando-nos as fímbrias do coração e dando-nos forças para nos erguermos quando tudo parece estar a desmoronar-se à nossa volta. Esses fluidos também podem ser utilizados na construção e em situações problemáticas, para, sob a sua influência, nos sairmos bem.
David é especialista na utilização dos fluidos, e ensina-nos essa técnica que só é eficaz se a finalidade for benéfica, eivada de amor ao póximo, a Deus e a Jesus.
Para os manipularmos, elevamo-nos espiritualmente a Deus e a Jesus, pedindo-Lhes que nos ajudem para podermos auxiliar os nossos irmãos, utilizando-nos dos Seus santos fluidos. Seguidamente, manuseamos mentalmente a matéria fluídica, para os fins que desejamos alcançar, e essa matéria adquire a forma que nós mentalizámos.
Há milhões de espíritos a viverem em milhões de habitações fluídicas, parecendo-nos casas de matéria sólida, tal como o nosso corpo espiritual aqui aparenta ser.
Deus, nosso Pai, criou-nos para a eternidade: podemos viver e morrer muitas vezes, para irmos adquirindo qualidades morais, as únicas que nos elevam.
Nicolau cresceu muito na sua última vida, e, sendo católico, julgava que o Céu era diferente daquilo que encontrou, mas sentiu-se feliz por ser diferente, porque a ideia de inactividade era contrária ao seu carácter: pediu autorização para se dedicar à tarefa que tem em mãos, mantendo-se activo e feliz.
Eu, também católico, pensava igualmente num Céu seráfico e contemplativo, mas encontrei algo muito diferente, para melhor, na minha opinião, pois é a continuidade lógica da vida e não um final sem objectivos, somente contemplação.